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MISSÃO ESCOLA PÚBLICA ACREDITA QUE HÁ MEIOS DE REVERTER A CRISE DOCENTE DO PAÍS

Foto do escritor: Aline VeronezeAline Veroneze

Além dos problemas de quem já está em sala de aula, Cristina Mota destaca que é preciso reverter as discrepâncias entre licenciaturas e mestrados que dificultam a formação de novos professores.

Assalto ao aeroporto. Foto Helena Silva
Assalto ao aeroporto. Foto Helena Silva

O Missão Escola Pública têm desempenhado um papel central para amplificar a voz da classe docente e refletir sobre a qualidade da educação em Portugal. Desde sua criação, o movimento tem organizado ações públicas, palestras e colóquios, visando sensibilizar a sociedade e pressionar as entidades governamentais. Entre as estratégias, estão intervenções urbanas como o "Assalto ao aeroporto", registrado na foto acima.


Atualmente, o movimento utiliza redes sociais e encontros presenciais para mobilizar a classe docente e promover debates, complementando as ações sindicais.



Apesar de ser amplamente reconhecida como essencial, a profissão de professor em Portugal tem perdido prestígio ao longo das últimas décadas. Esse processo não tem acontecido aleatoriamente, mas faz parte de escolhas de políticas públicas que enfraqueceram a autonomia e o papel dos professores.



Resumidamente, o Missão Escola Pública defende que é necessário valorização salarial, redução da burocracia e melhoria das condições de trabalho para atrair novos profissionais e reter os atuais, mas consideram que há ações práticas que podem reverter a crise.



Para suprir a falta de professores, uma opção que chegou a ser sugerida pelo Missão Escola Pública foi o retorno dos diretores às salas de aula. A proposta faz parte de um projeto maior de revisão do modelo de gestão escolar.



Cristina Mota destaca também a importância do combate à indisciplina e apoio psicológico, com suporte de psicólogos e especialistas para melhorar o ambiente escolar.


Terminadas as perguntas sobre a situação dos profissionais na ativa, o #Nem1SemProfessor quis saber sobre como o Movimento percebe a atratividade da profissão aos jovens. A resposta foi dar atenção aos investimentos na formação docente. Em entrevista com Isabel Flores, aqui no Observatório, destacamos a necessidade de novos cursos de formação, mas Cristina Mota destaca outro ponto de atenção: há discrepâncias entre as licenciaturas e mestrados, que dificultam a formação de professores qualificados.



Cristina destaca também que a luta por uma escola pública de qualidade transcende a classe docente. Trata-se de uma questão democrática, que garante igualdade de oportunidades e a formação de cidadãos críticos e conscientes. Para isso, é necessário um compromisso coletivo entre governo, sociedade e profissionais da educação.


A defesa da escola pública e da valorização dos professores é, antes de tudo, uma luta por um futuro melhor para todos: uma verdadeira AULA do exercício da cidadania.


O #Nem1SemProfessor tem tido a preocupação de trazer diferentes visões sobre as questões da educação no país. Você encontra as demais entrevistas na seção Panorama Educação deste site.


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Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD.




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