Contemplado no Prémio Sonae, Bernado Gonçalves explica ao #Nem1SemProfessor, como os agrupamentos e escolas podem ter acesso a esse material.
Recursos pedagógicos My Polis
Fonte: divulgação
Imagine tirar os jovens da inércia que o feed das redes sociais promove e fazer com que eles tenham impacto na vida da sua comunidade. Imagine que esse movimento também seja promovido entre os mais novos, de modo que, mesmo o cidadão conectado do futuro, não seja alienado, mas engajado com o que ocorre muito além das telas...
Atrair os estudantes para a ação é um desafio para muitos professores que, além de lecionar sobre as disciplinas pelas quais são responsáveis, procuram desenvolver o ânimo de cidadãos e cidadãs ativos. Para dar aos docentes ferramentas que possibilitem que os alunos tenham uma vivência plena deste aprendizado, Bernardo Gonçalves e a equipe da My Polis desenvolveram jogos, analógicos e digitais, que já são premiados por sua efetividade.
No site encontramos um kit de desafios, o "Agentes da Cidadania"; uma "Escape room digital" de literacia democrática; um "Jogo do Orçamento Participativo Jovem" e outras opções, que atendem alunos de diferentes idades e de vários modos distintos. Contudo, a dinâmica da My Polis vai muito além de oferecer recursos pedagógicos lúdicos aos professores: ela dá formações com duração de até três horas aos docentes, acesso à plataforma digital e suporte para a construção de ações que extrapolam os muros das escolas.
O mais interessante nessas dinâmicas é que elas não se restringem à sala de aula e podem ter consequências na cidadania coletiva. Os estudantes impactam suas famílias, a sua escola e até outras escolas da região:
Em alguns casos, as crianças e adolescentes conseguem ir ainda mais longe. Lara, aos 12 anos, por exemplo, trouxe para uma dessas aulas a sugestão que deu origem a uma feira solidária no Algarve que, na última edição, recolheu mais de uma tonelada de alimentos para carenciados e reuniu 18 mil participantes! Uma experiência marcante e empoderadora. Há muitos outros exemplos, como conta-nos Bernardo:
A My Polis já está em 40 territórios portugueses, a atuar, principalmente, junto aos professores da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, agregando referenciais, estratégia, linhas orientadoras, ferramentas concretas alinhadas com os objectivos pedagógicos da disciplina. Há uma versão adaptada a cada ciclo de estudo: começa-se com um jogo de tabuleiro, simples, e vai evoluindo em complexidade e efetividade. Cerca de 40 mil estudantes já foram atendidos.
Com a vitória no Prémio Sonae de 2024, a My Polis pretende adicionar uma componente de inteligência artificial no jogo Agentes de Cidadania, com o objetivo de ajudar os alunos a estruturarem melhor, de uma forma mais completa e robusta, as suas propostas e a terem um plano de implementação que potencialize ainda mais o impacto da atividade.
O #Nem1SemProfessor quis saber: mas como uma escola ou agrupamento pode usufruir desses produtos e serviços, já que a maioria não possui muitos recursos financeiros? A essa questão, Bernardo respondeu:
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Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD.
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