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- "CONTAS À VISTA" A PREPARAR PROFESSORES E JOVENS PARA A SEGURANÇA FINANCEIRA
Projeto de formação em literacia financeira aborda IRS, fundo de emergência e administração de recursos com quase 3 mil alunos e forma dezenas de professores pelo país Saber lidar com os recursos que tem, prever emergências, planejar suas metas e manter as contas organizadas é um desafio mesmo para muitos adultos. Contudo, em 2024 quase três mil alunos e dezenas de professores em Portugal já têm essa formação essencial para construir um futuro financeiro mais seguro através do projeto Contas à Vista. Criado em parceria com o Banco Santander e sua fundação, o programa de formação em literacia financeira, executado pela Mentes Empreededoras, surgiu da necessidade de capacitar jovens para lidarem com os desafios financeiros da vida adulta. Ao #Nem1SemProfessor, Afonço Mendonça, líder do projeto, explicou que os próprios jovens admitiam a necessidade desses conhecimentos para iniciar a vida com tranquilidade. Como funciona o Contas à Vista? O programa consiste em quatro workshops interativos , que abordam temas como: Diferenças entre salário líquido e bruto, IRS e segurança social. Gestão de rendimentos e despesas. Poupança e criação de fundos de emergência. Regras de finanças pessoais, como a fórmula 50-30-20. Conceitos básicos de crédito e investimentos. Capacitação de Professores O projeto começou por formar alunos, mas agora um dos diferenciais do Contas à Vista é o foco na formação de professores. A equipe do projeto oferece suporte contínuo, por acompanhar a implementação das atividades e por garantir que os educadores sintam-se confiantes em transmitir os conteúdos. Essa abordagem fomenta a sustentabilidade do programa e permite sua replicação em um número crescente de escolas. Impacto Social O projeto visa não apenas preparar os jovens para gerirem seu dinheiro, mas também contribuir para a sua liberdade financeira e realização pessoal , capacitando-os a tomar decisões informadas sobre suas vidas. O Contas à Vista é um exemplo claro de como parcerias entre instituições privadas e educadores podem criar soluções práticas para a educação e colaborar para diminuir problemas sociais. Convite aos Educadores No primeiro ano de atividade, 2022, o projeto atendeu 910 alunos, em 50 turmas, de 18 escolas, em dez municípios portugueses, de acordo com o Relatório da Fundação Santander Portugal. De lá para cá, o "Contas à vista" só fez crescer. No ano letivo de 202, saiu dos 2000 para quase 3000 alunos beneficiados. Isso só é possível com a capacitação de novos docentes. Por isso o projeto está aberto permanentemente à inscrição de professores e escolas. O contato pode ser feito diretamente no site das Mentes Empreendedoras , entidade coordenadora do programa. Para receber informações sobre oportunidades para os professores e agrupamentos, siga o #Nem1SemProfessor no Facebook e no Instagram . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- AS LIÇÕES DO PRÉMIO SONAE PARA MELHORES PRÁTICAS EM PROJETOS DE EDUCAÇÃO NO PAÍS
Cerimônia de premiação trouxe uma análise dos desafios da educação, a apresentação de estratégias para criar um projecto de educação com impacto e a importância de implementar avaliações sistemáticas. Construir uma sociedade com menos desigualdades no contexto contemporâneo requer identificar os privilégios e trabalhar por equidade. Esse esforço envolve necessariamente melhores práticas na educação. O #Nem1SemProfessor foi criado para reunir iniciativas que evidenciem que a sociedade valoriza, respeita e promove a educação e a carreira docente. Esse propósito alinha-se com o que presenciamos na cerimônia do Prémio Sonae 2024: O ex-ministro da educação e professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa, David Justino apresentou aos presentes um panorama da educação no país. Trecho capturado durante a transmissão do Público e disponível na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI Há uma percepção de que, para além de elogiar o papel dos professores, é necessário garantir condições para que a escola e os docentes sejam mais valorizados socialmente e respeitados. Essa valorização não depende apenas de discursos, mas de medidas concretas para elevar a profissão. Premiar, dar meios materiais, apoiar projetos que promovam excelência na educação, é sem dúvida, uma medida concreta, porém há mais a ser feito e outros atores sociais estão envolvidos. David Justino alertou para a proletarização dos professores, que afeta não só a remuneração, mas o status social da profissão em comparação com outras carreiras de relevância. A falta de professores é apenas o lado numérico, o mais óbvio dos desafios que a educação precisa enfrentar. Contudo, essa emergência não pode ser solucionada com falta de seletividade no recrutamento, compromentendo a qualidade do aprendizado. O professor destacou ainda que a formação inicial de professores também passou por uma deterioração e que é necessário qualificação para atrair e preparar melhor os profissionais. Muito se fala da qualidade do ensino, contudo a preocupação deveria ser a qualidade da aprendizagem: Trecho capturado durante a transmissão do Público e disponível na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI David também ressaltou que estudos como os desenvolvidos pelas neurociências devem ser usados para entender melhor o aprendizado dos alunos, ainda mais em um contexto de complexidade social advinda da diversidade cultural e de novos fluxos migratórios. Como já havia dito ao #Nem1SemProfessor no início do mês: Não conheço uma pessoa ignorante que seja competente. David repetiu: é preciso valorizar o conhecimento no currículo para formar pessoas competentes e cultas. Temos muita informação para pouco conhecimento. Trecho capturado durante a transmissão do Público e disponível na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI A respeito da tecnologia , David destacou que não resolve ter equipamentos em escolas que não têm estrutura, não tem rede. Além disso, a tecnologia não pode ser demonizada, nem adotada sem restrições, como solução para tudo, todavia, deve ser implementada com estratégia, como ferramenta para alunos habilitados a fazer associações temáticas, articulação de ideias, questionamentos. Por fim, é enfatizada a necessidade de construir um novo perfil de professor , apoiado por uma formação inicial e contínua sólida, de promover a profissionalização e o reconhecimento social e econômico da docência. A educação em Portugal avançou consideravelmente nas últimas décadas, com reduções significativas nas taxas de abandono escolar e melhorias nas infraestruturas e na escolaridade média, mas ainda enfrenta desafios fundamentais para continuar progredindo. Quem pretende ter um projeto de sucesso na área de educação, precisa estar atento a como aferir seus resultados. Neste campo, Paulo Teixeira, sociólogo e especialista em avaliação de impacto, agregou com sua apresentação sobre como desenvolver projetos com impactos mensuráveis. O que é preciso avaliar? De que modo? Trecho capturado durante a transmissão do Público e disponível na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI Paulo ressaltou a importância de discutir conceitos e ter uma linguagem comum ao determinar os indicadores de impacto, de definir uma abordagem sistêmica na avaliação, eleger metodologias e etapas para desenhar a avaliação de impacto em um projeto. "O que é preciso para que um projeto tenha impacto?" foi o tema que norteou a conversa com Pedro Freitas (Nova SBE, Universidade de Oxford); Assunção Flores (Universidade do Minho); Nuno Comando (Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), moderado pela jornalista Andreia Sanches. A moderadora destacou as conquistas do país em manter os jovens na escola e o desafio do impato das desigualdades nas aprendizagens. Ao questionar os convidados sobre como um projeto pode ganhar escala, por adaptar-se a geografias e a contextos, Andreia obteve como resposta de Pedro Freitas que é preciso perceber que existem muitos projetos de educação, mas os dados de aprendizagem estão estagnados, porque há problemas de implementação. É preciso prever a qualidade de cada uma das interações previstas no desenho dos projetos, tendo em vista que os microdetalhes do contexto e da implementação é que garantem o impacto. Esses detalhes, ao escalar um projeto, podem perder-se, o que compromete os resultados. Nuno Comando explicou que mesmo uma boa ideia pode começar de um lugar de privilégio em que não se conhece de fato o chão da escola, os professores, o que os rodeia. Assim, por conhecer o contexto, é possível desenhar um projeto com variações que permitam adaptar-se onde pretende-se intervir. Assunção Flores destacou o protagonismo de professores e alunos para construir o sentido e a mais-valia dos projetos. Trecho capturado durante a transmissão do Público e disponível na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI O evento trouxe cases de projetos de sucesso e o depoimento dos dois últimos vencedores do prémio Sonae. O #Nem1SemProfessor trouxe esse resumo para o Panorama da Educação, mas há muito mais a ser assistido se assim o quiser. A programação está disponivel na íntegra no site do Jornal Público, através do link https://www.youtube.com/watch?v=3TQ4ucSTSGI . Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- INCREMENTE O ENSINO COM OS RECURSOS DA CASA DAS CIÊNCIAS
Mais de 2000 recursos pedagógicos, podcast de História das Ciências, eventos científicos para manter a formação em dia e oportunidades de publicação. Uma tabuada de animais , um pantógrafo , a explicação sobre o movimento de um paraquedista ... Conteúdos dos diferentes ciclos, de professores para professores, com a curadoria de especialistas que garantem a relevância dos conteúdos para a prática pedagógica! A plataforma da Casa das Ciências inclui materiais que cobrem diversas áreas científicas, como matemática, biologia, química, física e geologia. O acesso é livre e gratuito. Há materiais que já foram descarregados mais de 12 mil vezes! Entretanto, a coleção de recursos está sempre a crescer e por isso vale investir algum tempo em buscar o que há de novo na sua área de interesse. Contudo, além do conhecido Portal de Recursos Educativos, os professores podem encontrar na Casa das Ciências outras opções de fonte de conteúdo, além de espaço para publicarem seus trabalhos. O #Nem1SemProfessor conversou com o Professor e Coordenador da Casa das Ciências, João Nuno Tavares, que explicou cada um dos recursos disponíveis. A Wikiciências é uma solução colaborativa que permite a criação e edição de conteúdos científicos, especialmente voltado para países de língua portuguesa. Entrevista concedida em novembro de 2024 O Banco de Imagens da Casa das Ciências pode ser útil para os professores, mas também pode aproximar os alunos de outros conteúdos do site e despertar novos interesses. Quem gosta de fotografia, por exemplo, tem a opção de submeter imagens para publicação no portal. Há também oportunidade de publicação na Revista de Ciência Elementar que busca discutir diferentes aspectos das ciências de forma acessível. Os textos têm conteúdo acadêmico, escritos de modo a serem de fácil compreensão, voltados tanto a educadores quanto a alunos. Perceba como são as submissões: Entrevista concedida em novembro de 2024 A Comissão Editorial inclui professores das universidades do Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa. A Casa das Ciências também investe em novas mídias. O mais recente formato de divulgação científica é o Podcast Educativo História(s) da Ciência . Disponível nas plataformas de streamming Entrevista concedida em novembro de 2024 Além dos recursos digitais, a Casa das Ciências realiza seminários e palestras , como o recente ciclo sobre Filosofia e História das Ciências, que promove debates enriquecedores e proporciona formação continuada aos professores. As iniciativas da Casa das Ciências vão muito além do simples fornecimento de materiais. Elas promovem a valorização da profissão decente por zelar pela qualidade da formação dos professores, eferecer apoio e material pedagógico de excelência. Desde 2017, a Casa das Ciências conta com o financiamento estrutural do EDULOG - Fundação Belmiro de Azevedo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- PRÉMIO SONAE EDUCAÇÃO OFERECEU 150 MIL EUROS A 3 PROJETOS DE EDUCAÇÃO. SAIBA COMO CONCORRER À PRÓXIMA EDIÇÃO.
Vídeo de divulgação. Sonae Teach for Portugal, My Polis e Ciberescola foram os projetos vencedores da segunda edição do Prémio Sonae Educação 2024 . O objetivo da iniciativa é apoiar projetos que "promovam abordagens educativas inovadoras e que por via da educação, qualificação ou requalificação contribuam para a mitigação de fatores de desigualdade ou exclusão, fomentando desta forma uma sociedade mais inclusiva, capacitada e resiliente". O prémio deste ano teve um aumento significativo, passando de 100 mil euros para 150 mil euros . Para além do apoio financeiro a atribuir pelo Prémio, foi definido com cada vencedor o modelo de apoio não financeiro. Neste processo, a Sonae – SGPS, S.A. pode contribuir através da integração de voluntários, de processos de mentoria ou outros ajustados aos objetivos de cada projeto. Slide apresentado durante a premiação 2024 em 5 de novembro O projecto Ciberescola dedica-se ao ensino por videoconferência de Português Língua Não Materna . O projecto MyPolis Agentes 2.0 pretende, “através da gamificação e da inteligência artificial”, transformar as salas de aula em academias de participação, com vista ao “fortalecimento da democracia”. Já o projeto Teach For Portugal quer “quebrar ciclos de pobreza e de desigualdade educativa”, colocando mentores em escolas desfavorecidas e organizando workshops de literacia financeira. Esta iniciativa distingue projetos que visam melhorar o acesso e a qualidade da educação em todas as fases do ciclo de aprendizagem. A novidade deste ano foi que as escolas públicas também puderam candidatar-se, ampliando o alcance para incluir instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos. Portugal tem muitos projetos excelentes e incentivamos que mais propostas sejam apresentadas. Interessou-se? Veja se seu projeto encaixa-se no perfil estabelecido pelo regulamento do Prémio: Projetos focados na criação de oportunidades de educação, qualificação ou requalificação, e que prevejam na sua atuação a inclusão de beneficiários em situação de desigualdade no acesso a estas oportunidades; Projetos focados no impacto, que procurem mudanças efetivas para os beneficiários e tenham como objetivo criar oportunidades no âmbito da educação, qualificação ou requalificação, seja ao nível do acesso a abordagens e conteúdos ou à aquisição de competências específicas; Projetos que priorizem a inovação, apresentando abordagens e modelos educativos, ferramentas, metodologias ou competências criativos e diferenciadores para enfrentar os desafios propostos no âmbito dos problemas identificados; Projetos que evidenciem potencial de escala ou replicação; Projetos que definam como indicadores de sucesso as melhorias conseguidas pelos beneficiários nos seus níveis de educação, qualificação ou requalificação e/ou emprego; Projetos que atuem em qualquer fase do ciclo de aprendizagem, da pré-escola ao reskilling no mundo do trabalho. Se este ano sua escola ou instituição não concorreu, o #Nem1SemProfessor explica todo o processo para que esteja preparado para a próxima edição: Cada entidade pode inscrever vários projetos, embora apenas um possa ser premiado. As candidaturas da segunda edição estiveram abertas de maio a junho de 2024 e os vencedores foram anunciados em 5 de novembro de 2024 . A divulgação do resultado ocorreu nos sites oficiais da Sonae e do Prémio Sonae Educação e cerimônia transmitida pelo Jornal Público . Estiveram na cerimônia os vencedores da primeira edição do Prémio Sonae: o NoCode Institute , uma plataforma para requalificação profissional, e a EKUI , que desenvolveu uma metodologia inclusiva de comunicação. A EKUI já é uma parceira do #nem1semprofessor e você pode conhecer melhor aqui. Celmira Macedo, fundadora da EKUI deixou um conselho a quem sonha em também ganhar o prémio: O prémio homenageia o legado de Belmiro de Azevedo , fundador da Sonae, que sempre viu a educação como um fator crucial para o desenvolvimento social e individual. Aqui no site você vai conhecer muitas iniciativas como as que venceram essa segunda edição do Prémio Sonae. Também pode sugerir que entrevistemos algum projeto que conhece. Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD . sPRÊMIO SONAE EDUCAÇÃO OFERECE 150 MIL EUROS AOS MELHORES PROJETOS DE EDUCAÇÃO EM TODOS OS CICLOS DE APRENDIZAGEM
- MAIS DE 40 MIL PROFESSORES PORTUGUESES JÁ UTILIZAM A METODOLOGIA INCLUSIVA DA EKUI NA EDUCAÇÃO INFANTIL E INÍCIO DO PRIMEIRO CICLO
Método derruba barreiras e ferramenta para uma educação de excelência para todos Materiais da Ekui unem personagens da cultura portuguesa a monstros imaginários para atrair os miúdos Em salas de aula cada vez mais diversas, promover um ensino de qualidade é desafiador. Phd em educação e premiada internacionalmente, Celmira Macedo reconhece que entre muitas circunstâncias adversas, o próprio professor ou professora, mesmo com as melhores intensões, pode tornar-se uma barreira no aprendizado pleno. Entrevista Celmira Macedo concedida em outubro 2024 Celmira Macedo, professora portuguesa, tornou possível que milhares de professores tenham em mãos ferramentas pedagógicas que facilitam o aprendizado de alunos de diferentes perfis. Movida pelo propósito de que todos recebam educação de modo pleno, desenvolveu uma metodologia inclusiva, aplicada a partir de materiais multisensoriais e formações, de modo que hoje coleciona histórias de outros professores sobre superação de dificuldades em sala de aula. Entrevista Celmira Macedo concedida em outubro 2024 A metodologia é produzida para as crianças da educação infantil e para o início do primeiro ciclo, em fase de alfabetização, mas tem aplicações bem mais abrangentes: tanto promove a alfabetização, quanto a reabilitação para crianças e adultos com e sem necessidades educativas especiais. Lançado em 2015, o projeto EKUI é reconhecido internacionalmente como uma inovação na educação inclusiva. As cartas multissensoriais integram grafia comum, Braille, Língua Gestual Portuguesa e o alfabeto fonético , permitindo que a alfabetização ocorra em diversas modalidades sensoriais, beneficiando tanto pessoas com deficiências como pessoas sem neessidades específicas. Materiais Ekui - divulgação Além dos relatos dos professores, os resultados têm sido acompanhados por investigadores de diferentes instituições de pesquisa, como a Universidade do Porto e da Beira Interior e demonstram o real impacto da metodologia na aprendizagem das crianças. Fonte: Ekui Acredito que somos agentes educadores em todos os contextos, dentro e fora da sala de aula e por isso as capacitações nos tornam mais efetivos em um aspecto amplo, que ultrapassa o profissional. O resultados na vida dos professores e dos alunos nos faz sentir muito, muito orgulho. Essa sociedade que é formada para a equidade será outra, mais capaz de lidar com a diversidade, diferente da nossa. A professora e investigadora explica ainda que os materiais são elaborados colocando o professor no centro do processo, como construtor e mediador de conhecimentos. A EKUI é uma instituição sem fins lucrativos e o projeto funciona em um modelo social sustentável. Entrevista Celmira Macedo concedida em outubro 2024 Há formações em escolas, há formações gratuiras obtidas com a compra de algum material, há formações mais longas oferecidas através de centros de formações que são creditadas para progressão na carreira e, em dezembro serão lançadas formações mais específicas que poderão ser adquiridas pelo site da instituição. Cada venda de material financia a distribuição gratuita para escolas e famílias carenciadas, e o processo de montagem envolve a geração de empregos para pessoas com deficiência. A metodologia já alcançou um impacto significativo, com mais de 40 mil educadores e centenas de milhares de crianças e jovens impactados. Em Janeiro, no mês do Dia Internacional da Educação, a EKUI estará com o #Nem1SemProfessor a realizar uma ação em prol dos professores. Novidades em breve! Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- PALETA DE LETRAS OFERECE WORKSHOP DE ESCRITA E OFICINAS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS QUE AJUDAM PROFESSORES A ABORDAR TEMAS DE MODO MULTIDISCIPLINAR
Conheça a trajetória de Pedro Seromenho e o que esperar dos eventos que ele organiza Pedro Seromenho movimenta os artistas da ilustração para o norte de Portugal com o "Braga em Risco", mas seus traços vão bem mais longe e fazem muito mais pela cidade. Ao longo de quase 20 anos de carreira, ele consolidou seu nome no cenário literário português, não apenas pela qualidade de suas ilustrações e narrativas, mas também pelo seu compromisso com a formação de leitores e o envolvimento direto com professores e educadores. No agrupamento André Soares, onde estudou, existe uma sala em sua homenagem. Três bibliotecas públicas também levam o seu nome. Tantas homenagens resultam do empenho em promover a leitura ativamente junto dos miúdos e em partilhar com os professores seus conhecimentos: enquanto empresário e autor, que a Editora Paleta de Letras lhe proporcionou, bem como as graças próprias de quem possui uma alma de artista . Eu tive a sorte de aprender com bons livros, bons professores, bons artistas e, hoje, em qualquer guardanapo ou pedaço de papel tento deitar este mundo, aqui dentro, cá pra fora. Para entender realmente o valor do que um professor ou um aluno leva para casa quando participa de um evento da Paleta de Letras é preciso conhecer a história ao longo dos anos através do qual se construiu a carreira de Pedro. O amor pela ilustração e o gosto por escrever foram alimentados desde cedo, por ter ao redor pessoas queridas que gostavam do tema e, nessa altura, a sensibilidade de bons professores foi importante. Entrevista concedida em 30 de setembro de 2024 Era um hobby, ou como diz Pedro, um mundo só dele, que cresceu por dentro, teimando em ser revelado. Do prazer para o negócio, Pedro soube arquitetar a transição de carreira e criou a Paleta de Letras, hoje reconhecida internacionalmente. Entrevista concedida em 30 de setembro de 2024 Diferentes públicos e abordagens: o que esperar das oficinas e workshops Nos encontros para professores, Pedro Seromenho aborda todo o processo de criação de um livro ilustrado, desde a concepção da ideia e desenvolvimento da narrativa até os detalhes gráficos e editoriais que transformam uma história em um objeto físico, disponível nas estantes. Além disso, ele oferece técnicas de storytelling para cativar os alunos e tornar as histórias mais envolventes, usando a arte como um recurso pedagógico. Eu criei esses workshops para ajudar os professores a entenderem não apenas o processo criativo, mas também como eles podem usar a leitura e a ilustração de forma interativa nas suas práticas de ensino, explica Pedro. Entrevista concedida em 30 de setembro de 2024 Além desses workshops para professores, há eventos nas escolas e bibliotecas destinados aos miúdos e até aos avós. É o caso, inclusive, das oficinas que Pedro tem ministrado nos Estados Unidos da América, em turmas de língua materna portuguesa. Por aqui, o próximo evento vai acontecer em Faro. Entrevista concedida em 30 de setembro de 2024 O #Nem1SemProfessor perguntou se o interesse pelo livro foi afetado pelo fato das crianças já nascerem em contexto de acesso a tecnologias e textos digitais , ao que Pedro responde que nada supera a experiência. Entrevista concedida em 30 de setembro de 2024 Ficou inspirado? Para o #Nem1SemProfessor, ele adiantou com exclusividade como será o Braga em Risco 2024. Agende-se: Faça o download aqui do programa Braga em Risco 2024 Workshop de Mediação Literária - Braga em Risco Data : 31 de outubro de 2024 Local : Novotel Meliá Braga, Sala de Conferências Horário : 17h30 Descrição : Este workshop exclusivo para professores e bibliotecários será ministrado pela Mafalda Milhões, curadora e editora da Bichinho do Conto. Ele abordará técnicas de mediação de leitura, proporcionando ferramentas práticas para dinamizar a leitura entre os alunos. Inscrição : A ser divulgada pelo Município de Braga. 8º Festival Braga em Risco - Sessões Interativas de Leitura e Ilustração Datas : 2 a 17 de novembro de 2024 Local : Biblioteca Lúcio Craveiro, Casa do Livro de Braga, Antigo Quartel dos Bombeiros Descrição : Durante o festival, haverá várias sessões de leitura interativa e oficinas de ilustração voltadas para professores, bibliotecários e alunos. Estas atividades são uma excelente oportunidade para observar técnicas práticas de contação de histórias e como integrar a ilustração no processo pedagógico. Se é responsável por uma biblioteca ou agrupamento e quer receber um dos eventos pode contatar o Pedro Seromenho. O site da Paleta de Letras tem o link agendar sessão ou também pode escrever diretamente através das redes sociais. O #Nem1SemProfessor facilita sua vida: basta clicar aqui: https://www.facebook.com/seromenho Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- VISITE O FUTURO QUE JÁ COMEÇOU: CONHEÇA PESSOALMENTE MODELOS DISRUPTIVOS DE EDUCAÇÃO EM PORTUGAL
À medida que a revolução digital avança, novas abordagens educacionais têm surgido como resposta ao descompasso entre a escola tradicional e as exigências do futuro. Um dos principais exemplos dessa inovação é o trabalho de Pedro Santa Clara , economista, professor universitário e líder de projetos educacionais revolucionários, como a Escola 42 e o TUMO . Essas iniciativas disruptivas estão mudando a forma como os jovens aprendem, capacitando-os para um mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico. Na Galeria de iniciativas de hoje você vai saber mais sobre essas duas iniciativas e como pode conhecer pessoalmente esses espaços e suas metodologias. O TUMO é a opção para os mais jovens, entre 12 e 18 anos , com um programa que contempla o desenvolvimento de habilidades nas interseções entre tecnologia e criatividade . A grande inovação da metodologia TUMO é a liberdade concedida aos alunos para definirem o próprio percurso de aprendizagem, combinando atividades de autoaprendizagem com workshops práticos em áreas como design gráfico, robótica, programação, cinema e música. Este modelo, que já provou ser um sucesso, promove o protagonismo dos alunos, permitindo que eles explorem suas paixões enquanto adquirem competências essenciais para o futuro. "Os alunos são acompanhados por 'learning coaches', que os incentivam e amparam, mas não ensinam no sentido tradicional. Isso permite que os jovens sejam protagonistas do próprio processo de aprendizagem", explica Pedro. O primeiro centro TUMO em Portugal abriu em Coimbra em 2023, e o segundo em Lisboa, em 2024. As atividades são presenciais e gratuitas, ocorrendo duas vezes por semana, com horários flexíveis para os estudantes. A outra iniciativa é uma oferta para alunos adultos, mas segue a mesma metodologia: A Escola 42 é voltada para adultos, oferecendo ensino em engenharia de software . Tem uma unidade em Lisboa e outra no Porto. Não tem professores tradicionais, aulas formais ou provas. Os alunos aprendem resolvendo desafios práticos em colaboração com os seus colegas, dentro de uma estrutura que valoriza a autonomia e o trabalho em equipe. "A metodologia da 42 baseia-se em desafios progressivos e colaborativos, onde os alunos são protagonistas do seu processo de aprendizagem. A tecnologia é usada para implementar um modelo pedagógico eficaz, baseado em 'aprender fazendo' e 'aprender uns com os outros', destaca Pedro. O único requisito para se candidatar à 42 é ter pelo menos 18 anos ou o 12º ano completo. A partir daí, o percurso de entrada envolve três etapas: um teste online, uma visita ao campus para conhecer o método, e finalmente, um "Piscine", uma imersão de 26 dias que testa a capacidade de trabalho em grupo e resistência dos candidatos. Os alunos definem os próprios horários, e o campus está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso permite que cada estudante ajuste o ritmo de estudo às suas necessidades pessoais. Entrevista realizada em 07 de outubro de 2024 Clique aqui para fazer a candidatura à Escola 42 e aqui para inscrever-se no TUMO Convite para Diretores de Agrupamento e Professores Para diretores de agrupamento e professores que desejam explorar essas metodologias inovadoras, tanto o TUMO quanto a Escola 42 oferecem a possibilidade de visitas aos centros. Essas visitas permitem uma imersão no modelo disruptivo, mostrando como é possível capacitar os alunos para um mundo em constante transformação. Entrevista realizada em 07 de outubro de 2024 Interessado em agendar uma visita? Entre em contato através do e-mail: pbc@42lisboa.com ou nos formulários de contatos do site das escolas. Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook: Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO: PEDRO SANTA CLARA FALA SOBRE OS CAMINHOS PARA LEVAR PORTUGAL À EFICIÊNCIA QUE O FUTURO EXIGE
Foto: divulgação Academia 42 Muito é dito sobre a crise de professores e as informações não são novas. Os dados já apontavam que a situação ficaria cada vez mais crítica. O que foi feito até agora não resultou. Se ficarmos apenas em planos de contingência, pode escapar-nos uma grande oportunidade de levar a educação por caminhos que construa a eficiência que o futuro exige . Que modelo atrairia os jovens para o ensino? Que medidas poderiam transformar as escolas de modo a terem resultados mais efetivos com menos recursos financeiros e humanos? O Problema mais grave: a crise do modelo de escola tradicional Faltam professores. Faltam cursos para formação de professores. A concorrência com outros empregos é difícil de ser vencida e são poucos os jovens que olham a profissão como atrativa. Se olharmos com mais atenção, a crise é ainda mais profunda, sistêmica: Entrevista concedida dia 07 de outubro de 2024 As soluções para os milhares de alunos sem professores tem sido arrumar quem preencha o tempo dos miúdos alterando os requisitos para a docência, a criação de incentivos de mobilidade, de alojamentos, entre outras iniciativas que são necessárias à emergência, mas que não vão ao cerne da questão: a crise do modelo tradicional de escola . O #Nem1SemProfessor perguntou ao Pedro Santa Clara sobre essas soluções paliativas, ao que ele responde que falta ousadia nas propostas: Entrevista concedida dia 07 de outubro de 2024 O modelo educacional atual, com sua estrutura rígida e centralizada, não tem resultados de excelência e nem responderá às demandas de um futuro próximo. Pedro Santa Clara explica que esse modelo tem gerado altos índices de insucesso escolar, uma enorme desigualdade no acesso à educação e uma desconexão crescente entre o que é ensinado nas escolas e o que é exigido pela sociedade e pelo mercado de trabalho. "A educação em Portugal ainda é muito cara, mesmo na escola pública, e há grandes assimetrias no acesso à educação de qualidade". Este é um cenário comum em muitos países que ainda não se adaptaram às revoluções tecnológicas. A educação que muitos alunos recebem hoje foi moldada para as necessidades da Revolução Industrial , quando o foco estava em formar trabalhadores para fábricas e empresas, com pouca margem para a criatividade ou inovação. No entanto, o mundo já atravessou uma revolução digital, e novas tecnologias mudam cada vez mais rápido a forma como vivemos e trabalhamos. A escola, porém, ainda não acompanhou esse ritmo de transformação. "Temos muita dificuldade em imaginar uma escola diferente daquela em que passamos tantas horas da nossa vida", reflete Pedro. Isso cria um enorme descompasso entre as habilidades que os jovens adquirem e as demandas do futuro. A Solução: Inovação e Autonomia para as Escolas Diante desses desafios, Pedro reafirma que as escolas precisam ganhar mais autonomia para experimentar novos modelos pedagógicos e focar em resultados. Ele sugere que o Ministério da Educação deveria permitir que as escolas tenham mais liberdade para contratar, formar e incentivar professores de acordo com suas necessidades específicas. Além disso, que passem por avaliações rigorosas de qualidade. Enquanto a educação em muitos países, incluindo Portugal, ainda está ancorada na era industrial, a revolução digital já transformou profundamente o mundo do trabalho e as habilidades necessárias para prosperar nele. A automação e a inteligência artificial estão remodelando profissões e criando novas exigências para os trabalhadores. O Fórum Econômico Mundial estima que, nos próximos anos, cerca de 65% das crianças que estão no ensino fundamental hoje trabalharão em empregos que ainda não existem. A pergunta que se coloca é: como podemos preparar esses alunos para um futuro tão incerto? A resposta está em uma educação que valorize a criatividade, a autonomia e o uso eficaz da tecnologia. "Precisamos de modelos pedagógicos mais ágeis e eficazes, que estejam em sintonia com as necessidades da sociedade e que preparem os alunos para os desafios que estão por vir", afirma Pedro. Nesse cenário de uma educação mais ativa, o papel dos professores é diferente: Entrevista concedida dia 07 de outubro de 2024 A quem olha de fora, essa escola do futuro parece muito distante de nós, mas para o Pedro, que está a provar que o ensino pode ser gratuito, flexível às características dos alunos, além de leve e interessante para quem conduz, é exequível. O #Nem1SemProfessor apresenta com mais detalhe a Academia 42 e o TUMO no artigo da Galeria de iniciativas. Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Ao usar esse conteúdo, cite a fonte. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- GLOBAL TEACHER PRIZE: PREMIAÇÃO TRANSFORMOU-SE NO NOBEL DA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL. SAIBA COMO CONCORRER E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Global Teacher Prize Portugal: uma oportunidade de mostrar - e aumentar - seu impacto na educação. O Global Teacher Prize Portugal faz parte de um movimento global que reconhece e celebra o impacto transformador dos professores na educação e na sociedade. Conhecido como o "Prêmio Nobel da Educação" – o concurso português valoriza educadores que se destacam pelo seu trabalho inovador, inspirador e transformador nas salas de aula. Você, professor, já pensou em ser reconhecido por suas contribuições para o futuro da educação em Portugal? Criado pela Varkey Foundation em 2014, o Global Teacher Prize rapidamente se tornou um dos prêmios mais cobiçados na área educacional. Seu propósito principal é destacar o papel essencial dos professores na formação de cidadãos e no desenvolvimento das sociedades . Em Portugal, organizado pela Mentes empreendedoras , o prêmio busca dar visibilidade ao trabalho incansável dos docentes portugueses, que muitas vezes vai além da sala de aula, inspirando alunos e comunidades , é o que explica o responsável pelo Global Teacher Prize Portugal, Afonso Mendonça: Entrevista concedida em 27 de setembro de 2024 Se você é um educador que utiliza práticas inovadoras, que motiva seus alunos a superarem desafios e que contribui para uma educação mais inclusiva e justa, este prêmio é para você ! As inscrições acontecem entre janeiro e março de cada ano no site do projeto. Muitos professores ficam tímidos de se inscreverem, por isso a organização do prêmio criou um sistema de recomendação . A comunidade escolar - outros professores, encarregados, alunos e equipes - podem fazer indicações ao prêmio, mas só você, professor, pode se inscrever . Imagine ver seu trabalho reconhecido nacional e internacionalmente, ampliando o impacto das suas iniciativas e inspirando outros colegas a seguirem seus passos! Entrevista concedida em 27 de setembro de 2024 O prémio no valor de 30.000€, a investir na comunidade , é entregue a um professor como reconhecimento pelo trabalho diferenciado e inovador com os alunos, e pelo contributo extraordinário para a profissão. Afonso explica que 15% do prêmio é um presente pessoal ao professor e 85% deve ser investido no que o docente considerar importante para aumentar o impacto do seu trabalho na comunidade escolar pelo menos nos dois anos seguintes à premiação. Participar é mais do que uma oportunidade de ganhar um prémio monetário: é uma chance de levar suas ideias adiante e de fazer parte de uma rede de educadores comprometidos com a excelência na educação. Quais os critérios de avaliação? Os professores concorrentes são avaliados com base em critérios como inovação pedagógica, impacto no desempenho dos alunos e capacidade de inspirar a comunidade escolar e a sociedade. Iniciativas que promovem inclusão, diversidade e igualdade de oportunidades também são altamente valorizadas. Pergunte a si mesmo como o seu trabalho tem feito a diferença na vida dos seus alunos e na sua comunidade , propõe Afonso Mendonça: Entrevista concedida em 27 de setembro de 2024 Muito além do prêmio pessoal e para as iniciativas do professor vencedor, o Global Teacher Prize Portugal possibilita o reconhecimento e na visibilidade para o trabalho do vencedor e dos finalistas, dando evidência às muitas iniciativas inspiradoras que acontecem nas escolas do nosso país. Os finalistas recebem treinamento para falar com jornalistas e orientação para manter o foco positivo que a educação merece e precisa receber. Entrevista concedida em 27 de setembro de 2024 Portugal, para além de querer destacar os seus professores a nível mundial, quer ainda premiar e destacar, a nível nacional, todos os professores que de alguma forma contribuam para a excelência na educação e para a inovação e descoberta de novas respostas educativas. Então, o que está esperando? Inscreva-se e mostre ao mundo o poder transformador do trabalho docente! O #Nem1SemProfessor em breve vai conversar com alguns dos vencedores e finalistas e trazer personagens e histórias inspiradoras para todos nós . Siga o #Nem1SemProfessor no Facebook . Participe por compartilhar com outros educadores ou mande sua sugestão de alguma ação que conhece. Também pode assinar nossa newsletter para não perder nenhum novo conteúdo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- QUE ALTERNATIVAS SURGEM COM A ANÁLISE DOS DADOS SOBRE A EDUCAÇÃO? - COM ISABEL FLORES
Em 2019 ela já anunciava a falta de professores que assolaria o país. Tornou-se Diretora Executiva do Instituto Para as Políticas Públicas e Sociais, representante do Ministério da Educação, analisou todos os dados sobre a docência e tem um veredicto: a mudança positiva não vem no tempo em que queremos nem que precisamos. Contudo, essa pode ser a janela de oportunidade que Portugal precisava para construir um novo modelo de escola pública. Há alguns anos dizia-se que Portugal tinha professores a mais. Hoje faltam docentes e há uma grave crise anunciada para os próximos anos. Que história esses números contam? Na década de noventa houve um grande ingresso de professores no ensino público português. Os jovens concursados à época são hoje aqueles que estão à beira da reforma. Nesse intervalo, quem tinha vocação para a sala de aula e optou por essa formação, simplesmente não conseguia emprego. As vagas estariam preenchidas por pelo menos três décadas... Assim, a lei da oferta e da procura no sistema público de educação acabou por resultar em cada vez menos cursos de formação e menos jovens a fazer essa opção. Além dessa escassez de oportunidade na docência, o crescimento de empresas que procuraram os licenciados tirou do mercado muitos alunos que se formaram em matemática, biologia e outras disciplinas que tradicionalmente eram destinados às escolas. Os números não mentem, mas não contam tudo. Eles apontam que temos a quantidade de professores suficiente para preencher todas as vagas, a questão é que não representam a disponibilidade das pessoas em aceitar pequenas cargas horárias, longe de casa e viverem na incerteza eterna de contratos. Entender isso ajuda a construir possíveis soluções, como explica Isabel: Entrevista concedida em 25 de setembro de 2024 Outro dado que agravou a crise foi a criação de disciplinas que aumentam a demanda por novos docentes. A situação só não é pior porque o número de alunos não tem uma curva tão ascendente. Mas o #Nem1SemProfessor está em busca de boas notícias, então provocamos: resultará se dermos incentivo para os jovens correrem às formações para a docência? A resposta: a médio prazo, sim, mas a curto prazo, não. As universidades do país estão sem capacidade de formação. Um dos motivos é falta de docentes nessa área: Entrevista concedida em 25 de setembro de 2024 Outra dificuldade é que, mesmo com a alta demanda, o mestrado que daria acesso às salas de aula podem não ser interessantes para as universidades: Entrevista concedida em 25 de setembro de 2024 Isabel acredita que medida que melhor resultará nos próximos dois ou três anos é o apoio financeiro a estudantes para dedicare-se à via do ensino, mas muitos deles encontrarão as portas fechadas nas universidades: Portanto, em um contexto em que a falta de professores a curto prazo é inevitável e que mesmo as soluções a médio prazo já estão a ser construídas em atraso, perguntamos: Será que não é a oportunidade para criar a escola portuguesa do futuro, com as disciplinas necessárias ao desenvolvimento das competências essenciais ao contexto moderno? Isabel Flores concorda: abrir as escolas a outros profissionais poderia possibilitar que os recursos humanos atuais fossem melhor utilizados e mais valorizados. Integrar a sociedade na causa da educação traria novos ares para a comunidade escolar. Entrevista concedida em 25 de setembro de 2024 Entretanto, essa abertura das escolas esbarra, por exemplo, na aceitação dos sindicatos. Outras medidas também encontram resistência de setores da comunidade escolar. De modo que a discussão em sociedade é essencial para a implementação de mudanças. Isabel reconhece ainda que a formulação de políticas públicas é um processo lento que não anda no mesmo compasso das demandas sociais. Ao futuro da educação no país interessa que toda a sociedade participe da contrução de uma visão mais positiva da docência e da construção de um contexto em que seja possível lecionar - e viver - com qualidade. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa., no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- CONHEÇA INICIATIVAS PARA NORTEAR POLÍTICAS PÚBLICAS EM PROL DOS PROFESSORES PRODUZIDAS POR INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
O #Nem1SemProfessor conversou com David Justino e Isabel Flores sobre os projetos desenvolvidos pela Fundação Belmiro de Azevedo e seu impacto na profissão docente. Foto: Divugação https://fundacaobelmirodeazevedo.pt/atividades/think-tank-edulog/ Buscar evidências científicas, analisar dados, debater com a comunidade acadêmica e com decisores políticos e divulgar resultados de forma transparente para a sociedade: essas são algumas das ações promovidas pela Fundação Belmiro de Azevedo em prol da educação. Duas iniciativas, em especial, o EDUSTAT e o EDULOG têm produzido indicadores que apresentam uma fotografia clara do cenário da educação e fomentam discussões a fim de que gerarem recomendações essenciais para a construção de um sistema educacional de excelência. A plataforma EDULOG é o Think Tank para a Educação que apoia estudos de investigação na área e dinamiza encontros e conferências cientificamente fundamentados. De acordo com David Justino, membro do Conselho Consultivo, o objetivo é que os estudos realmente tenham impacto nas decisões e construções de políticas públicas. No vídeo asseguir, David resume a missão da iniciativa. O Edulog pretende construir pontes entre a educação, a política e toda a sociedade, com vista à adequação das qualificações e capacidades criadas e desenvolvidas pelo sistema de ensino e aquelas consideradas fundamentais para o desenvolvimento social, económico e cultural de Portugal e dos Portugueses. A plataforma publicita os relatórios, deixado-os disponíveis para download para quem tiver interesse em examinar de perto a educação. O documento " O Impacto do Professor nas Aprendizagens do Aluno" , de junho 2021, traz 9 recomendações. O estudo: "Como estão a ser preparados os futuros professores para o ensino da leitura e da escrita? ", de outubro de 2022, que avalia se os docentes estão de posse do conhecimento científico e pedagógico necessários a um ensino da leitura e da escrita eficaz, traz 21 recomendações. E, finalmente, a investigação divulgada este ano: “Professores sob Lupa” faz um diagnóstico da realidade profissional dos professores portugueses, nomeadamente quem são, que tipo de contratos os ligam às escolas, como são geridos os horários, as disciplinas que lecionam e o seu grau de absentismo. A EDUSTAT é um Observatório que exprime quantitativamente como anda a educação em Portugal em diferentes aspectos. Provê os dados que alimentam as disicussões. O vídeo de apresentação da iniciativa no site da Fundação Belmiro de Azevedo é bem completo, resume em linguagem simples e objetiva o desafio que abraçam e está disponível aqui . O Professor David Justino também falou sobre a missão Edustat: David Justino explica a EDUSTAT O #Nem1SemProfessor observou que em todos os casos, as recomendações demandariam ações do poder público, mas também de universidades e centros de formação, como ajuste currículo e atualização de bibliografia. Um trabalho exaustivo e tão bem detalhado tem sido recebido com atenção pelos tomadores de decisões das mais variadas instituições? E com que resultados? Veja o que dizem David e Isabel Flores, Diretora Executiva do Instituto Para as Políticas Públicas e Sociais e responsável pelo projeto Necessidades de Professores em Portugal : Um bom exemplo de ciência produzida com e para a sociedade é o projeto IED 0-6, que realizou um levantamento profundo de indicadores relevantes no domínio da infância e seus contextos educativos dos 0 aos 3 anos e dos 3 aos 6 anos de idade. De acordo com o relatório , o estudo envolveu várias instituições, inclusive Banco Mundial, UNESCO e UNICEF, para as quais as estatísticas são "ferramentas de suporte à formulação e monitorização dos programas e políticas que promovem". A Fundação Belmiro de Azevedo tem 38 projetos apoiados nos últimos 2 anos e19M€ em fundos aplicados nos últimos 5 anos. É essencial que os diversos gabinetes estejam realmente atentos aos resultados dos estudos e às recomendações tendo em vista que tais elementos podem contribuir para que Portugal supere a atual crise na gestão recursos, na falta de professores, além de assegurar o sucesso escolar e o desenvolvimento do capital social do país a médio e longo prazo. Essa plataforma é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, no âmbito do projeto 2023.01746.BD .
- ENTENDA A CRISE DE PROFESSORES - COM DAVID JUSTINO
O #Nem1SemProfessor busca inciativas em prol dos professores em Portugal e, para entender a fundo essa questão, é preciso compreender o contexto do que ocorre no país. O que está envolvido nesse "apagão" docente? A questão não é surpresa. A resposta, por sua vez, é complexa e necessária. Vamos iniciar esse reconhecimento de terrento com um olhar panorâmico da docência em Portugal. Para isso, ouvimos quem faz tanto ciência como política, o ex-ministro e professor catedrático na área de sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, David Justino. David foi professor e percebeu o início do desinteresse pela profissão docente. Quando era Ministro da educação, lidou com uma grande procura de jovens que queriam ser professores, mas grande parte deles estavam concentrados no norte do país. Essa situação não só permaneceu, como evoluiu, de modo que hoje, não só o interior, mas áreas metropolitanas de Lisboa e o sul do país estão com um grave déficit de professores. Entrevista concedida dia 19 de setembro de 2024 - parte 1 A falta de condições para exercer a profissão longe de casa consolidou um deserto docente no país. David Justino reconhece que mesmo antigamente já era difícil achar alojamentos perto das escolas e que o salário não compensava as distâncias. Ainda hoje, com auxílios de deslocação, é preciso oferecer mais segurança aos profissionais. A profissão precisa dar aos jovens em início de carreira a segurança necessária para que se estabeleçam e formem suas famílias. Há professores há dez, quinze, vinte anos em situação de contrato, sem poder vinculá-lo, sem ter alguma estabilidade que, aos poucos, contribua para que possam trabalhar mais próximos do lugar que desejam. Um cenário que perdura a décadas sem qualquer mudança significativa. Entrevista concedida dia 19 de setembro de 2024 - parte 2 Além das questões salariais e de estabilidade na carreira, o ex-ministro acredita que a falta de professores não seria tão grave se houvesse melhor gestão de recursos humanos e da rede. David reconhece que tem havido boa intenção, mas má administração. Ele aponta o tamanho das turmas, a ciração de novas disciplinas, a manutenção de cursos com baixíssima frequência como alguns exemplos. Entrevista concedida dia 19 de setembro de 2024 - parte 3 O Nem1SemProfessor quis saber se há algum projeto para incentivar a formação de docentes entre alunos que estão na altura de escolher a profissão nessas regiões em que há carência profissional, a fim de que futuramente o governo não precise pagar por deslocamentos e que os jovens possam trabalhar próximo às famílias, às casas em que residem. David explica que, com excessão de Lisboa e sua periferia, o deserto de professores ocorre em áreas em que existem poucas crianças, de baixa natalidade e nas quais não há jovens que permaneçam. A natalidade descresce nessas localidades desde os anos 60, o que torna a questão previsível ao planejamento. Quando Ministro, David Justino chegou a pensar em reformular o estatuto da carreira docente, mas relembra que, na época, não teve, sequer, parceiros para a conversa. Questões financeiras dificultavam a resolução do problema. Ele defende que o estatuto docente precisa ser revisto porque tem entraves à progressão na carreira que diminuem a atratividade da profissão. Além disso, é preciso garantir avaliações de desempenho que assegurem que os professores que entrem tenham qualidade e que mantenham o padrão durante o percursos. "Há uma questão da imagem do professor, mesmo que haja muita necessidade não podemos simplesmente abrir a toda gente porque nem toda gente dá para isso", afirma. David salienta como é complexa a atividade docente para formar um cidadão completo, com as literacias de base, em especial com um cenário social e tecnológico em evolução tão rápida. Perguntamos sobre a estratégia de aumentar as turmas para lidar com o deficit de professores, ao que respondeu que também concorda que nem todas as disicplinas podem ser ministradas com êxito em turmas grandes e que o aumento das turmas ocorreu em poucas escolas. Contudo, destaca que, de todo modo, ter turmas um pouco maiores não compromete a qualidade da educação, porque há que se adaptar e mudar as estratégias de ensino de acordo com a turma que se tem. David enfatiza a necessidade de gerir os recursos e reconhece: o maior desafio é conseguir atrair, com urgência nos próximos anos, professores para os dois terços do território que carecem dessa mão de obra. Como atrair os jovens é a questão de um milhão de euros nesse momento! Certo é que, ao investir anos de estudo em uma carreira, o que se quer é sentir-se valorizado, respeitado e necessário. Vamos a isso! Esse blog é parte da investigação “Nas redes pela educação: comunicação estratégica a serviço da cidadania”, financiado por fundos da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, no âmbito do projeto 2023.01746.BD .